terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fica a dica!

Aí que estávamos no ambulatório de Ginecologia Geral...
Maior inferno, mil pastas para atender, pacientes reclamando que estava demorando muito, e nós, pobres estudantes, tentando absorver informações que a professora passava, sem nem respirar ao fim da frase.

Até que de repente as coisas pareceram ainda mais caóticas...
Ainda eram mil pacientes, ainda estava a maior confusão, ainda tinhamos mil casos para discutir e pacientes impacientes em posição ginecológica... só que isso já não importava muito.

Não fui eu quem atendi... foi um residente (graças a Deus!), mas ela tinha 26 anos e voltava, nervosa, para receber o resultado de um exame.
Fora diagnosticada pouco tempo antes com câncer de colo de útero e essa notícia já tinha sido devastadora... aí o tratamento já não era dos mais simples (conização) e o que o médico tinha pra dizer era menos ainda. As margens da peça retirada no procedimento estavam comprometidas... resultado: não havia outra conduta a não ser a retirada total do útero.

A paciente não tinha filhos...
Nunca teria.

História trágica... tiremos uma lição: PAPANICOLAU, galera!