segunda-feira, 22 de junho de 2009

A Crise do 1/4 da Idade - Capítulo 1 (ou o dia em que conclui: "tenho-25-anos-e-não-tenho-absolutamente-nada-nessa-vida-então-sou-uma-criança)

Se aos 40-e-poucos alguns senhores entram em uma fase de "rejuvenecimento" (compram carros conversíveis e trocam suas esposas de 40-e-poucos por 2 de 20-e-poucos), jovens mulheres de 25 anos entram em uma fase de "amadurecimento" (tom de ironia).

E é a essa fase que podemos dar o nome de "crise do 1/4 da idade".

São várias as características dessa fase, que pode ser até considerada uma síndrome devido ao amplo espectro de apresentações, mas o que entremeia todos os aspectos é a extrema necessidade de definir coisas, seja profissional/financeiramente, seja amorosamente, seja em relação à própria personalidade, a relacionamentos ou à valores éticos/morais.

Essa breve introdução serve de porta de entrada para uma reflexão longa e cheia de "poréns", que será melhor esmiuçada em outra oportunidade, pq outra característica dessa síndrome é o aparecimento dos primeiros sinais da idade: minhas costas doem.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Virtude

Acho que uma das maiores dificuldades das pessoas é olhar para os próprios defeitos.

Sou bem consciente dos meus, pelo menos de boa parte deles...
Sou carente, preciso de atenção e elogios constantes...
Sou insegura...
Sou grossa muitas vezes, principalmente quando acho que estou sendo mal interpretada...
Sempre acho que estou sendo mal interpretada.
Às vezes tenho vontade de desistir por coisas pequenas, me faço de mártir, de coitada...
(sou carente e preciso de atenção e elogios constantes...)
E a lista continua.

Mas acho que pelo menos essa virtude eu tenho:
Sou capaz de olhar meus próprios defeitos antes de apontar os dos outros...
E por isso ando me esforçando para não apontar dedos, não fazer listas, não reparar excessivamente...

Acontece que momento estou magoada, com raiva e querendo mais é fazer uma lista de seus defeitos, usando as palavras mais cortantes que conheço, para mostrar meu desprezo e dor.

Mas sei que não se fica magoada com quem não faz diferença em nossa vida...
Sei que não te desprezo e ainda acho suas qualidades mais prevalentes que seus defeitos.

E sei que não vou te dizer nada disso, não hoje... talvez nunca.

Principalmente por saber que um dos seus maiores defeitos é a incapacidade de ouvir.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reflexão...


Conforme a idade vai chegando e as coisas de "adulto" se tornam mais reais, um pensamento recorrente é em relação a como eu quero criar meus filhos.
Penso no que eu faria diferente da minha mãe, penso como eu queria que meu marido fizesse... penso, também, no que deu certo de minhas relações com meus pais.
Aí olho ao meu redor, busco exemplos no mundo de como agir em certas situações que poderiam gerar alguma polêmica...

Exemplo 1: a irmã de uma amiga minha iniciou um relacionamento com um negro. É de se pensar: "e que polêmica tem nisso?" Pois é, eu imaginaria que nenhuma... mas aparentemente para alguns pais isso é sinônimo de cortar mesada e cara fechada na hora do almoço. Parece que até choro rolou.
Solução: não há necessidade de comentar um exemplo desses.

Exempo 2: outra amiga, mais do que naturalmente, se apaixonou por uma mulher e iniciou um relacionamento com ela, um dos mais apaixonados que eu já vi. Ela não quer contar aos pais de forma alguma. Um amigo, de uma forma um pouco menos natural (homens...), se apaixonou por um cara e iniciou um relacionamento com ele, sua mãe enlouqueceu, achou que ele estava financiando um prostituto e também parou com a mensada (aparentemente dinheiro é a única forma que alguns pais tem de lidar com os problemas de seus filhos...)
Solução: igualmente não há necessidade de comentar.

Exemplo 3: esse é hipotético. Um belo dia, ao ouvir uma música estranha saindo do quarto de seu filho, uma mãe desavisada entra e encontra seu filho chorando e arrumando a franjinha de lado, desesperada ela grita: "filho! Vc virou EMO!!!" (isso vale pra pagodeiro e fãs de música sertaneja em geral... ahhh, e para as piriguetes do funk!)
Solução: procurar terapia e aceitar que seu filho só pode ser feliz assim (dã...)
Enfim, isso tudo só pra dizer que na verdade, o que eu entendo como uma boa criação é aquela que deixa os filhos serem felizes, independente de cor, opção sexual e estilo musical (esse último é particularmente mais difícil de aceitar!)