quarta-feira, 9 de abril de 2008

Aromas...

Andando pela rua ela ia sentindo cheiros...

Cheiros que lembravam as mais diversas coisas...
Indescritíveis em palavras, que despertavam sentimentos confusos, lembranças.

Lembravam a casa da sua bisavó... isso lhe trazia boas lembranças da infância.
Lembravam o tempo que passou no intercâmbio... e isso lhe fazia pensar em como as coisas eram simples naquela época.
Lembravam, ainda, aquele dia que tinha passado ao lado de suas amigas, comidas gostosas, o perfume que sua mãe sempre usava...

Continuo andando e refletindo sobre os cheiros e o importante papel que eles têm de ativar a memória.

Até que um cheiro especial fez com que seu coração parasse por um segundo.
Não conseguiu mais andar... ficou ali, lembrando... pensando...
Pensou que ia chorar, que aquele cheiro ia intoxicar sua alma e paralisa-la para sempre.
Era o cheiro do amor passado... daquele amor que realmente importou, e que agora já não existia mais.
Pensou que nunca mais sentiria aquele cheiro vindo da pessoa amada... e que aquela lembrança ficaria para sempre a tortura-la.
Aos poucos conseguiu se movimentar, seus pensamentos voltaram a fazer um pouco mais de sentido e ela concluiu:
Era apenas o cheiro amargo da saudades.

Um comentário:

Paola disse...

Saudade, sentimento tão ambíguo, mas com lugar certo, lembranças do passado (já foi).
A fila anda, e a lembrança fica lá, um dia eu fui isso, um dia aceitei ser daquela maneira. Hoje sou diferente, hoje, já nnao poderia estar com aquela pessoa, minha mala estaria muito pesada.
Isso não é teoria, é minha história.
Sempre penso que foi bom enquanto meu caminho era o mesmo que o caminho do outro, depois tudo mudou....
Vê lá, hein menina!
Leia meu útimo post, o texto não é meu.
Beijocas
Paola