terça-feira, 11 de setembro de 2007

clichê: o mesmo que chavão e lugar-comum.



"Oh! meu bem-amado
Quero fazer-te um juramento, uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente tua e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou"¹


Queria um amor de clichês.
Um amor de eu-te-amo's e vamos-ficar-juntos-para-sempre's.
Em que as brigas terminassem em risadas e os aniversários fosse extensamente comemorados.

Presentes...
Flores, flores, flores!
Declarações públicas de amor.

Ele me acharia linda... sempre... me acharia irresistível de cabelo preso e pijama, unhas mal feitas e sem maquiagem.

Jantaríamos a luz de velas todos os dias. Cinema, bar... vinhos à dois.

Dançaríamos demais... como bobos... pela sala e pela cozinha.
Riríamos de coisa alguma... juntos... faríamos tudo juntos.
Teríamos milhares de piadas internas que ninguém mais entenderia... mas isso não importaria às pessoas, elas veriam a beleza e a profundidade de nosso amor, e achariam nossa telepatia adorável.

Queria um amor de clichês que durasse para sempre.
Uma casa com cerquinhas brancas e um céu azul roial.

¹Por Toda a Minha Vida - Antonio Carlos Jobim / Vinicius De Moraes

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